domingo, 4 de abril de 2010

Defender a transposição, sem vergonha


(foto do blog O Xerife da Cidade)


Estamos em agosto de 2007, no Nordeste do Brasil, sem que o Presidente da República tenha, pessoalmente, inaugurado as obras do Projeto São Francisco: a Transposição de água do rio S. Francisco, para o semi-árido do NE setentrional!



Seria inacreditável uma constatação dessas, se vivêssemos num País onde o Povo NÃO tivesse consciência de que ele é um FIM e seu governo um MEIO! Vou parar de enumerar porque, a rigor, mesmo sendo habitado por mais de 180 milhões de mestiços, - o que seria uma vantagem, no dizer de nós próprios -, a história que está sendo escrita a nosso respeito é uma piada! De mau gosto... Quem está vivo no Brasil, não tem do que se orgulhar. . . Refiro-me à catastrófica bagunça que é a relação povo versus governo; governo versus povo!



É o seguinte: não é aqui que vou pregar Teoria Geral do Estado, nem Moral e

Cívica e nem falar de religião; pra quê? Basta tentar mexer com o seu brio, leitor.



Há mais de 20 anos ouvi um ministro mencionar a “Transposição de água do S. Francisco”, (o projeto S. Francisco). Nunca mais parei de me interessar: quanto mais o conheci, mais o estudei e pronto! Virei defensor dele. No Portal do Ministério da Integração Nacional, sites www.mi.gov.br; www.codevasf.gov.br e www.dnos.gov.br há dezenas de artigos de jornal que escrevi para jornais da Paraíba, 4 de Pernambuco e Alagoas, (pelo menos todos de 2004 para cá), em defesa daquele projeto.

Convidado, participei de entrevistas nas TV´s daqui e até fui convidado pela Tv Cultura-SP que me enviou passagens, hospedagem e apoio em SP para participar do programa Roda Viva, citado “...como único jornalista presente, que defende a Transposição...” dito pelo apresentador Paulo Markun. O entrevistado foi o então governador da Bahia, senador Paulo Souto que é contra o Projeto! Depois do programa o então ministro Ciro Gomes telefonou dizendo que dei  “uma aula de como o Governo deve defender a transposição: com veemência e conhecimento”. Recentemente o coordenador do Projeto me confirmou que, na manhã seguinte, o ministro repetiu, numa reunião de trabalho, aquela aprovação. Mas nada disso importa se não houver seriedade do GOVERNO!



De 2003 para cá este País parece estar sendo um paradoxal laboratório de perdição! Refiro-me a que, pela 1ª. vez desde 1889 quando começou o regime republicano, foi eleito Presidente da República, pela maioria do seu povo sofrido, um sujeito que não é de nenhuma elite! O protótipo do brasileiro dito lascado: nordestino, pau-de-arara, (apenas alfabetizado), mutilado de um dedo, ex-torneiro mecânico, migrante do interior de Pernambuco para a Região do ABC de S.Paulo. Seu nome: Luiz Inácio da Silva. O resto sobre ele, toda a Nação sabe, inclusive que foi reeleito no ano passado, para continuar Presidente da Repúbica!

Mais ainda, que toda vez que ele vai ao exterior, é saudado, respeitado, aplaudido, por reis, rainhas, ditadores, presidentes e ovacionado por populares! Há uma exceção, apenas num país do mundo, ele foi vaiado e pela Internet uma mulher da elite mandou-o “se Danar”.... Sim, foi no Brasil. Não foi alguém do Nordeste . . .



Este é um país saturado de leis ridículas, onde campeia a impunidade. Lembro-me que não faz muito tempo, foram revogadas mais de 100 mil leis! E de lá para cá, devem ter sido prolatadas outras tantas, ou mais, uma vez que vivemos atolados numa sarjeta jurídica monstruosa que desmente o valor da Justiça. Nestes dias tive o prazer de ser convidado para falar no Circulo Militar para sócios do Lion´s Boa Vista, em defesa da Transposição e, há dois dias, na Rádio NAZA FM 91.1 com interação dos rádio-ouvintes, a convite do ilustre empresário Sr. Paulo de Morais Andrade Lima, também em defesa do Projeto São Francisco. É inconcebível que as obras da Transposição, que começaram dia 04 de junho deste ano, até hoje não tenham sido inauguradas oficialmente pelo Presidente da República!?

Eu não sinto vergonha, pelo contrário, tenho muita honra em defender o Projeto São Francisco, (a Transposição), falando, escrevendo, concedendo entrevistas a rádios e TV´s; o Exército também não porque o 2º. E o 3º Batalhões de Engenharia de Construção lá estão preparando a instalação das bombas de recalque nos primeiros lotes da Obra. Porque será que Sua Excelência o Presidente da República, seu maior avalista, não vem pessoalmente inaugurá-la?

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Nota: texto elaborado em 2007.
 

Transposição, um sonho virando realidade


Tenho recebido mensagens, e-mails, telefonemas, aos montes! A maior parte dessa correspondência é de pessoas que chamo de “suspeitas”, dada a generosidade delas e o fato de sermos mútuos admiradores; brinco dizendo-lhes que, por isso, não valem os elogios delas mas, na verdade, me conforta muito recebê-los, quando se referem à convicção que tenho de que o Projeto de Integração e Revitalização do Rio São Francisco está em marcha, vai ser concretizado, é irreversível. O que mais eu poderia desejar? Aqueles aos quais estimo, dadas suas elevadas qualificações pessoais, profissionais, vencedores, pais e mães de família exemplares, patriotas, esforçados incansáveis, enfim, titulares de virtudes morais e cívicas, reconhecem que meu apego à verdade da transposição de águas do São Francisco para o semi-árido do Nordeste setentrional é digno da admiração deles; então, caro leitor, é impossível negar: tais demonstrações de pura amizade me fazem um homem feliz!

Só espero merecer presenciar o escorrer miraculoso das águas do “Velho Chico” por muitos riachos e rios não perenes dos nossos cariris e sertões ressequidos, (como, por exemplo, o querido Rio Paraíba e os demais da malha contemplada pelo Projeto), tornando-os definitivamente esteiros do São Francisco! Isto, será uma ventura! Há séculos, tal panorama era do reino dos sonhos, do impossível; agora, está virando realidade!

Tenho lembrança de cenas que ainda hoje me arrasam emocionalmente, por terem sido reais... Vou tentar evocar duas delas, pagando o preço do pranto copioso: ... um menino pobre, magrinho, (cuja pele dos braços e cabeça cobertas de pêlos e cabelos loiros, - lembrava uma espiga nova de milho que não vai vingar - ... por falta de umidade), agachado no terreiro do mísero casebre onde ainda vive, concentrado, brincando com uns 10 ou 12 ossos regulares, (restos de carniças de várias rezes que morreram de fome e de sede...). Enfileirados, esses ossos brancos representam o gado que ele viu por algum tempo e diz: “Vamo Canário, bora Moreno; hei, hei Pretinha, pra cá , pra cá.....êêêboi; vamo lá....... beber águ.......” Fico por aqui, caro leitor. A outra cena fica para outra oportunidade: chorar é bom, mas desse jeito dói.

O que eu quero dizer é que nenhum patife tem o direito de ser contra a Transposição de águas do Rio São Francisco para o semi-árido do Nordeste (NE) setentrional, onde fatos como aquele não são “coisa rara”; ao contrário, vêm acontecendo a centenas de anos, neste País, que pode perfeitamente combater o problema de maneira eficiente, fácil, definitiva, em favor de milhares de famílias de irmãos nossos, sertanejos e “caririzeiros”, que não merecem nascer e morrer à míngua de água, como vem ocorrendo, geração após geração. Não precisa ser sábio; basta olhar para o mapa do Brasil e conversar com alguém, pessoa honesta, que conheça o Projeto para constatar: o “Velho Chico” não precisava chegar a Juazeiro e Petrolina para depois virar à direita e sair correndo para o mar! Ali da Serra da Canastra, onde nasce, para o Espírito Santo é um pulinho e lá está o Oceano Atlântico, no qual ele só veio entrar depois de dividir Alagoas e Sergipe!!!.

É preciso interpretar assim: o Rio São Francisco, com este nome abençoado, como que se OFERECE dadivoso, misteriosamente protetor da dignidade da vida, como alívio inestimável aos perversos efeitos da seca no NE Setentrional, cujos degraus de quase 200 metros (Eixo Norte) e mais de 500 metros (Eixo Leste) ele só poderá escalar se bombearem suas águas, com a hidro-energia que ele mesmo produz para aquela finalidade e, sem prejudicar a ninguém mas, ao contrário, dando um show de infinita bondade, debruçará 26 metros cúbicos por segundo de suas águas, escorrendo noite e dia por Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, levando a Vida onde só se esperava a morte, e mais: combatendo a migração, erradicando a fome e a sede, prevenindo doenças, protegendo a Natureza e os animais e, até, dando-se ao justo prazer de entrar de novo no seu amado Mar, lá em cima!

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Nota: publicado na Folha de Pernambuco em 17/2/2006

No país do desperdício


Meu pai foi alfabetizado sem cadernos, não tinha papel! A meia dúzia de meninos que com ele estudou, levava pra escola uma tabuinha de uns 40 x 30 cm., bem lixada, com um pequeno relevo de meio centímetro de altura servindo de moldura, colado nas extremidades e um pequeno bornal de couro contendo areia fina e muito limpa. A professora escrevia letras e algarismos no quadro negro e depois, calmamente, conferia o que cada aluno escrevera com um dedo indicador sobre a areia na tabuinha. Para apagar, era só jogar a tabuinha de um lado para o outro, com cuidado. Já o disse: não tinha papel. A memória de cada criança era seu caderno! Quando chegou minha vez, fui criado no interior, em Caraúbas, no velho Carirí, onde a vida era muito simples, em relação a tudo. Havia duas mercearias onde a gente comprava o que precisava. Lembro-me da habilidade com que os donos das vendas “embrulhavam” as mercadorias vendidas a peso: açúcar, café em grão, charque e coisas como sabão em barra, fumo etc., que se vendia por pedaço ou unidade e também eram embalados em “papel de embrulho”. Em casa meus pais ensinavam a desembrulhar as compras recuperando as embalagens: alisávamos com força cada folha de papel e acumulava-as debaixo do dicionário.

Quando tivesse 10/12 folhas, dobrava-as ao meio e, com uma agulha de costurar sacos, fazíamos dois furos bem na dobra e atravessávamos um barbante: estava pronto um “belo” caderno para rascunho e cálculos de aritmética. Uma economia racional! Os cadernos comprados eram para poesias, ditados e deveres. Aprendi a aproveitar ao máximo, os bens materiais. Para o gosto de hoje, seria um “sucateiro” incorrigível... Quem trabalhou comigo sabe: não sou bem assim. Este mergulho no passado tem cabimento no que diz respeito à formação das pessoas neste País que é um péssimo exemplo de desperdício. Fica a impressão de que somos todos uns estróinas desvairados que jamais receberam exemplos de bem utilizar o que recebem e de proteger o que lhes é confiado... Em relação ao patrimônio público então, agimos como perdulários desembestados, para dizer o mínimo. Na verdade, assistimos a um vergonhoso saque e usurpação dos bens e do dinheiro público, sem que haja aplicação justa e rápida das punições cabíveis. De tal maneira que parece não haver lugar para se destacar quem seja correto, patriota, honesto. Toda a evidência, na mídia, é para quem assalta, rouba, engana, comete fraudes, mente, desvia, etc. De bons exemplos não se tem notícia... por quê? Há mesmo um refinamento perverso: a gatunagem está sendo praticada por gente poderosa, influente: magistrados, policiais, políticos, etc., compondo uma tribo cafajeste, crescente, que parece oriunda do quinto dos infernos... É inaceitável a incapacidade de tomar conta, fiscalizar, do brasileiro em geral e de quem vive às custas do Poder Público, em particular. A meu ver por falta de educação. De educação doméstica. Ninguém tende para uma vida correta, se bons exemplos não tiver, dentro de casa. Isso para mim é dogma. Nossa formação familiar parece destroçada. Algo me diz que estamos à beira do caos. Alguém sabe quantas obras de engenharia (barragens, ferrovias, estradas, perfurações de solo, hospitais, pontes, usinas elétricas), escolas etc., estão inacabadas no Brasil? Alguém sabe quanto equipamento, (doado), hospitalar, computadores, escavadeiras, quadros de comando, transformadores, máquinas agrícolas, materiais para pesquisas, alimentos e até remédios estão, uns ficando obsoletos e corroídos pelo mofo e pela ferrugem, outros, vencidos, no País inteiro? Alguém sabe quantos carros e materiais respectivos, uns sem ninguém que controle, outros, desviados, em ações ilegais? Diariamente vemos o Jornal Nacional denunciar casos, inconcebíveis, de cidades brasileiras cujo policiamento não dispõe de um veículo, delegacias de polícia sem telefone ou, como vi aqui perto, na Zona da Mata, uma delegacia cujo telefone não pode ser utilizado para fazer ligação... só para receber!!! Há pouco tempo a televisão mostrou uma cidadezinha de Minas Gerais, cuja população se cotiza para pagar viatura e combustível da delegacia de polícia e, no entanto, toda aquela gente já paga imposto, para ter o quê? Este é nosso Brasil de hoje: descendo a rampa da falta de formação civil, carente de conserto, a partir de dentro da casa de cada um.
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Nota: publicado no Jornal do Commercio, Folha de Pernambuco e Jornal da Paraíba.


Armando Nogueira: um mestre da palavra escrita e falada



LUTO NACIONAL: perdemos ARMANDO NOGUEIRA

Numa hora dessas, como diria meu pai, “fico com as carnes tremendo”, de tanto sentimento! A notícia mais indesejável, de hoje, é que o Jornalista Armando Nogueira morreu! Ele não era imortal, mas deveria ser. Por uma razão simples: ARMANDO NOGUEIRA era amado por todo o Brasil! Um exemplo excepcional de intelectual. A um tempo, Jornalista, escritor, poeta! Mais ainda: um homem manso, franco, sério, firme, generoso, culto, filósofo, bem humorado, delicado. Um homem de bem! Um homem educado!

Entendia de futebol com exponencial profundidade: seus comentários encantavam e instruíam porque primavam pela objetividade, precisão, análise minuciosa de sutilezas que só alguém, com aquela imparcialidade e percepção poética era capaz de VER, SENTIR e REPARTIR com seus ouvintes, leitores e, filhos seus, como se sentia e ainda mais agora se sente o Pedro Bial, que leva muito o jeito dele. Não é exagero!

Costumo, ao escrever e nas palestras em defesa da Transposição de água do “Velho Chico” para o semi-árido do NE setentrional, não livrar a cara de quem que, por má fé, falta de patriotismo e mesquinharia cívica, era –ou ainda é-, contra a Transposição! Fico indignado porque não é aceitável que um brasileiro normal, esclarecido, honesto, seja contra a Transposição! E, como jornalista, desço o porrete!

É claro que, numa hora dessas, tocado pela lembrança do exemplo de profissional, de vida e de MESTRE, de Armando Nogueira, se eu tivesse que defender aquela humanitária realização, a TRANSPOSIÇÃO, decerto a lembrança dele me faria mudar o tom, isto é, sem deixar de ser firme, duro, preciso, honesto e veemente, com certeza haveria de encontrar palavras, modo e estilo, capazes de não “fulminar” MAS, QUEM SABE?, lograria convencer o criticado e até trazê-lo para o lado certo! Armando Nogueira era assim, um exemplo único de brasileiro simples, austero, pacífico. Era brasileiro, do Território do Acre.

Não tinha diploma, todavia, um SENHOR JORNALISTA! Porque alguém como ele, não carece de nenhum diploma! Ele era, antes de tudo, a expressão singela mais ostensiva de títulos que, diríamos nós cristãos, o tornariam UM SANTO! A tal ponto que, hoje, quem gosta de leitura, de poesia e de futebol, curte uma saudade de alguém que foi exemplo digno de ser seguido, na hora em que o Brasil mais precisa de gente como ele: rica de cultura, plena de alegria e, sobretudo, energicamente HONESTA!



Adeus meu patrício ARMANDO NOGUEIRA!

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Nota: Texo publicado no  Abelhudo, em 29/03/2010

segunda-feira, 29 de março de 2010

Mensagem de abertura


Caros leitores,


Quando recebo fidalguias, perco um pouco o foco das coisas! Estou assim, neste momento! É que uma pessoa, muito especial, de cuja inteligência eu já era fã, surpreendeu-me providenciando a edição deste BLOG! Assim, de repente! Eu nem sei ainda como se faz para ter um desses! E, graças a ela, este aqui é meu !

Jornalista, poliglota, exemplo incomum de vivacidade, pesquisadora social, filósofa e, não bastasse tanta qualificação, minha prima, a Leonor Medeiros, de quem estou falando, foi quem me cativou ainda mais abrindo este BLOG, para que defenda até morrer, se preciso for, as obras da Transposição de água do rio São Francisco para o semi-árido do NORDESTE setentrional, como definido no Projeto São Francisco.

Portanto, minhas palavras, agora, são de gratidão comovida a LEONOR, eis que me sinto como quem ganhou algo muito especial: um espaço na mídia, para defender, SEM LIMITE, a concretização da Transposição, uma realização humanitária de valor inestimável que irá GARANTIR ÁGUA para as famílias de brasileiros que padecem e muitas vezes são sacrificados, no semi-árido do Nordeste setentrional, devido a irregularidade de chuvas: o flagelo das secas... Isto, há mais de 3 séculos!

A Transposição irá mudar essa história, a partir deste ano de 2010 que será “data” da conclusão do EIXO LESTE, levando a água do “VelhoChico”, de Floresta-PE, (Barragem de Itaparica) até Monteiro-PB, onde ocorrerá o equivalente a um MILAGRE: a PERENIZAÇÃO do Rio Paraíba! Nenhum de nós viu nada igual, mas irei escrever bastante aqui, explicando isso. É uma benção ter merecido ter um BLOG próprio, mas isso só está sendo possível, porque um anjo chamado LEONOR, a “LÉO”, resolveu ajudar a todos nós, caririzeiros e sertanejos, que teremos, neste ano de 2010, a PE-RE-NI-ZA-ÇÃO do que era um rio seco, pela água que vem da Serra da Canastra, (Minas Gerais), para espantar a praga da morte e atrair a graça da Vida, da fartura, da saúde e da alegria, escorrendo no leito de areia e pedra do Rio Paraíba.

Estimada Leonor, receba o que as palavras podem expressar: minha gratidão!

Não esquecer que o EIXO NORTE fará igual, nos próximos anos.
Fernando Valença

Defensor da Transposição – Projeto São Francisco